quarta-feira, 19 de março de 2008

O pimba e o cego

Não tem nada a ver com ser Professor, mas não posso deixar de passar em branco esta estória.

Paulo Portas ofereceu a Sócrates uma prenda envenenada. Deu-lhe um saco de amêndoas de Portalegre, aludindo o que se passou com a empresa onde estas eram produzidas. Empresa familiar, duas pessoas apenas, encerrada pela ASAE devido ao facto de não cumprir um qualquer número de directivas. Não se pense que eram directivas sanitárias ou problemas de higiene. Não, quanto a isso, aparentemente, tudo estava bem, mas diz-nos a "lei" que uma empresa daquele género tem que ter 2 casas de banho e 3 salas de trabalho... para duas pessoas. Da mesma família. Portanto, a ver se nos entendemos, temos uma microempresa a gerar riqueza e a garantir empregos e encerramo-la porque não tem mais quartos do que aqueles que precisa, efectivamente, para laborar. Presumo que um quarto a mais poderia dar para sala de fumo, ou sala de chuto.

Mas adiante. Paulo Portas fez isso. Sócrates respondeu apelidando ao acto um "número pimba". Assim mesmo, com todo este decoro.


Não me interpretem mal. Se há político com quem eu antipatizo, esse é o Paulo Portas. Mas o homem tocou numa feridazita do nosso PM e foi rotulado de pimba.

Portanto, oh sr. Primeiro Ministro, quem chama a sua atenção para os problemas do país REAL é Pimba. E quem insiste em aplicar determinadas leis sem qualquer critério de bom-senso (ou senso comum, vá), não será cego? E, se essa cegueira for por não se querer ver, não será isso idiotice pura?

Há aqui um qualquer paralelismo com a Educação que está escrito nas entrelinhas...

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